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Português

Febre 2

Desejo o teu desejo
o fogo de tuas mãos que me circundam
e o vasto sortilégio das tuas partes
que até agora, me resistem.
Quero
a carne a cada segundo mais fraca
numa mesma viagem
corpo lento acariciando
e penetrando per completo
tudo
o que faz parte de mim.
Preciso do mesmo grito
ocupando a minha sala,
os fluidos espalhados
forçando
uma abertura qualquer.
Preciso de tua fúria
me possuindo
e criando ritos
que possam liberar
toda a angústia
que habita
minha febre mulher.
Te sentir assim
desejo doendo
um impulso de me abrir
e dizer
que amo tudo em ti
até mesmo
esse teu jeito
de lutar com a minha espera.
Te quero apertando meu corpo
que influencia teus dedos
gerando magia.
Te quero dentro
mistificado ao imprevisto
oprimindo
o delírio sufocado pela dor.
A parte de dentro do peito
propondo
desebsoc5
loucuras
vontades.
Te desejo...
Te quero...
Uma vez mais...
Mais....

43

Esta é a manhã do novo setembro
penetrando em meus olhos
confusa e cheia de ternura
como um desejo que entende
a bondade da morte interior
onde surgem a esperança dos iluminados.
Esta é a multidão de raios
que roubamos do sol
quando a tua mão, silenciosa como fruta
tomou a minha mão
para reconhecimento do meu sentir.
( sobre o meu coração...
a tua mão sobre o meu coração...)
Este é o dia dos sons,
dos teus olhos que me invadem
profundos
como o horizonte do meu desespero.
E onde tu estás
agora que me falta o grito
e a tua mão que desenha sobre o seio?
Agora que me falta o teu movimento
que dá forma ao meu corpo
na hora em que os amantes são absurdos
e se elegem iguais
sem ao menos saber reconhecer
a cor dos nomes, do desejo,
da parte daquelas estrelas que nos habitam???
Moço, onde tu estás
agora que os muros do tempo chamam
e chamam
como desnudando o céu?
Porque preciso de ti
urgentemente
e te despir nestes caminhos de verão
que avançam, avançam
como a eternidade
que ocupa o meu céu e a minha água.
Moço, tenho necessidade urgente

de acender a luz da cumplicidade.